Brasil atualmente é o terceiro maior mercado consumidor de produtos cosméticos, mas previsão é que país passe para segunda colocação
Brasil atualmente é o terceiro maior mercado consumidor de produtos cosméticos, segundo dados do Euromonitor International. E a previsão é que em 2012 o País ultrapasse o Japão e se torne o segundo lugar. Boa notícia para as micro e pequenas empresas, que correspondem a 90% dos produtores do setor.
A chefe de divisão de desenvolvimento empresarial da Firjan, Alessandra Cabral, explica que o setor de cosméticos vinha se mantendo estável até em 2009, quando a crise mundial começou.
“As oscilações econômicas tiveram pouco impacto no setor e geraram até uma reversão no andamento da produção. Desde 2009 o setor vem crescendo”, afirma.
Alessandra acredita que a preocupação com a estética e bem-estar superaram as limitações da renda, impulsionando as vendas.
Ela revela que o setor é composto em 70% de microempresas, 20% de pequenas empresas, 6% de médias empresas e 4% de grandes empresas. Ela aconselha aos empresários que aproveitem esse aumento do interesse dos consumidores para expandirem e faturarem.
“A indústria cosmética está crescendo estimulada pela cultura da beleza, aumento da expectativa de vida, preocupação cada vez maior da população com o envelhecimento e, principalmente, pelo aumento do poder de compra da classe C em nosso País”, comemora.
Ela destaca que a elevada carga tributária, no entanto, é o principal entrave para esses produtos, que muitas vezes são taxados como artigos de luxo e não necessidade.
Para a farmacêutica Eliane Brenner, diretora-presidente da Dermatus, o mercado brasileiro é prioridade. Ela afirma que ainda há muito que se crescer por aqui.
A empresa, fundada por Eliane em 1978, era especializada na fabricação de fórmulas manipuladas sob prescrição médica. Nos anos 1990, motivada pelas inovações na área dermatológica, a empresária resolveu apostar em outro ramo: dermocosméticos para a pele e cabelos.
“Com a Unidade Industrial Dermatus, fomos capazes de expandir nossa área de atuação e a venda para todos os estados. Desenvolvemos e produzimos mais de 150 dermocosméticos”, enumera.
Classificada como pequena empresa, a Dematus tem sua fábrica no bairro de Olaria, no Rio de Janeiro.
Outra empresa que aposta no mercado nacional para continuar crescendo é o Instituto Beleza Natural, especializado no tratamento de cabelos crespos e ondulados.
A empresa investe em pesquisas laboratoriais e parcerias com universidades para desenvolver a linha com 50 produtos exclusivos da marca.
“A Fábrica Cor Brasil produz cerca de 250 toneladas de produtos por mês, que são usados nos 12 institutos espalhados pelo País. Todo mês, aproximadamente 80 mil clientes são atendidas para aplicação do nosso carro-chefe, o Super-Relaxante”, explica Leila Velez, sócia-fundadora.
Tradição – No mercado brasileiro desde 1937, a Aspa Cosméticos decidiu abrir uma fábrica no Rio de Janeiro em 1965, para introduzir as novidades da tecnologia cosmética que ainda não existiam no País. De lá para cá a empresa viu esse mercado crescer e ficar cada vez mais exigente.
Demetre Giokáris, diretor da empresa, explica que o bom crescimento do setor é garantido por um grande mercado interno ainda não plenamente explorado, onde alguns tipos de produtos sequer chegaram. Ele prevê um crescimento da indústria entre 10% e 20% ao ano. Para quem quer entrar no setor, ele recomenda investimentos em tecnologia.
“São necessárias instalações de grande porte, incluindo, entre elas, uma refinaria para refinar os gases propelentes removendo os odores. São necessários laboratórios de rígido controle de qualidade por causa de muitos cuidados necessários para a preparação de um aerossol bem feito”, exemplifica.
A firma, categorizada como média empresa, já exporta para 10 países e pretende aumentar as exportações.
Uma das pioneiras no mercado de dermocosméticos no Brasil, a Dermage se especializou em maquiagem sem esquecer de novas apostas, como a linha para homens.
A empresa conta hoje com mais de 250 funcionários e está presente em todo o Brasil, através de 35 lojas e mais de 70 pontos de revenda.
“Neste ano a Dermage está apostando no aquecimento do mercado e vamos lançar novos produtos especialmente na área de maquiagem”, afirma Vivane Soares, gerente de marketing e varejo.
Capacitação e planejamento
Apesar de terem grande experiência em empresas do setor de cosméticos, os sócios Marcelo Chrispin e Rodrigo Goecks passaram um ano estudando o mercado e pesquisando novos produtos antes de lançarem a marca Yenzah, em março de 2010.
A marca, especializada no tratamento de cabelos, tem crescimento de quase 50% anuais. Segundo Rodrigo, o tempo de preparação foi essencial para desenvolverem uma boa estratégia de negócio.
“É preciso ter um conhecimento profundo antes de investir. É um mercado com alta mortalidade, dinâmico e competitivo”, revela.
Ele explica que o empresário tem que decidir se vai atuar em um nicho regional ou nacional, respeitando as especificidades de cada mercado.
“Também é preciso investir sempre em tecnologia. Pesquisas mostram que 50% dos produtos vendidos hoje são lançamentos dos últimos três anos”, aconselha.
O coordenador do projeto de cosméticos do Sebrae RJ, Rodrigo Calcoto, alerta que além do conhecimento da parte burocrática de como abrir um negócio, o empresário precisa conhecer as especificidades do setor, que é regulamentado junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Além do grande mercado consumidor, o Brasil tem muita opção de matéria-prima para a indústria de cosméticos. E o Rio de Janeiro é atualmente a capital do Brasil no quesito investimentos. É um ótimo momento para investir no setor, mas é preciso capacitação”, recomenda.
Para atender essa demanda, o Sebrae mantém um projeto que promove o desenvolvimento das indústrias do setor. Mais informações pelo 0800-570-0800 begin_of_the_skype_highlighting GRÁTIS 0800-570-0800 end_of_the_skype_highlighting.
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